Dia dos Namorados
Hoje, dia 12 de Junho de 2012, Ano do Senhor. Era dia 12,
hoje já é dia 15, 15 também já era, hoje é dia 21 e publico a vocês um tema
muito falado mas pouco entendido, o Amor.
Esta matéria sai com atrazo, apesar
de estar pronta desde o Dia dos Namorados.
Para o Amor não conta o tempo, o amor está
sempre presente e para sempre.
Uma luz de esperança surgiu dentro do meu coração.
Uma Rosa para Voce, e um Jardim de
Rosas para Ela.
O Amor Verdadeiro
Existe?!!!
Qual
a base de um amor verdadeiro. Em que alicerce podemos pisar com firmeza para
podermos caminhar neste Mundo. Ter um rumo que norteia a nossa direção em busca
do amor e da harmonia, em busca da paz e da felicidade em todos os setores de
nossa vida! Nessa matéria vamos abordar o departamento do amor. Do amor entre
um homem e uma mulher. Então voltamos a questão: em que deve ser baseado um
verdadeiro amor?! Por certo na relação de nossa vida, insignificante, perente a
grandeza da Criação de Deus, mas ao mesmo tempo tão importante ao ponto de ser
o centro da razão do Universo existir. Temos enorme dificuldade em sermos
felizes no dia a dia, porque não entendemos a simplicidade do amor. Temos a
capacidade de senti-lo e de exprimi-lo dentro de nós por toda a Criação. Temos
tanta coisa para amar, mas o mais simples e necessário amor, o amor entre um
homem e uma mulher, que é o primordial, porque Deus assim fêz. Deus fêz em
primeiro lugar o Homem e a Mulher, para viverem juntos, todo o tempo de suas
vidas. Vida para toda a eternidade, para viverem em harmonia e em paz para
sempre. Daí a relação com a vida de todos os seres aqui deste Planeta, que foi
feito exclusivamente para nós, passa a ser de união e daremos valor um para com
os outros. Então teremos prazer em passar esta etapa da nossa vida, voando numa Nave chamada
Terra, a uma velocidade de 104.000 mil Km por hora, ao redor da Estrela Sol,
levando a Lua a bordo, a uma precisão astronomicamente precisa. Só pode ser
Obra de Deus Mesmo. Mas, diria São Paulo: de que vale toda essa maravilha se
não temos amor. É só ter amor no coração com devoção e alegria para ser feliz
todos os dias.
Bom,
tudo isso e muito mais o Criador fez para nos sentirmos bem e com ambundância
em tudo. Vamos abordar o tema do Amor Verdadeiro entre um homem e uma mulher. É
possível ser feliz, alegre e contente todos os dias?!!! É possível ter amor no
coração e confiança a ponto de se entregar totalmente à seu amado ou amada.
Será que é possível?! Quem vai responder é
o autor da introdução do Livro: “Cântico dos Cânticos” Que aborda essa
questão do baseado em que?! Qual a base de sustentação desse Amor simples,
completo e verdadeiro. Verdadeiro mesmo, na acepção da palavra, um amor baseado
no bem-querer, na admiração, na partilha da sua vida com a vida de outro; na
felicidade do encontro, na certeza de olhares confidentes, na confiança e na
paz que o amor estabelece e liberta. Liberdade para o homem e para a mulher.
Aproveite
o primor desse texto que lhe remeto. Esse texto é uma um resumo da Introdução
sobre o Cântico dos Cânticos, único Livro da Bíblia que não trata de Religião,
mas sim, do Amor Verdadeiro entre um Homem e uma Mulher. Credita-se como autor desse
Livro: O Rei Salomão, que viveu há mil anos antes de Cristo, ou seja há 3.000
anos atrás, nesses tempos a palavra Amor tinha outro significado. Dá pra ver,
pois vamos à leitura, com a mente meditativa e em concentração, ler de
preferência em voz alta, para alguém presente, ou para alguém apenas presente
em seu imaginário.
Nunca
vi nada tão valioso e esclarecedor, a respeito do amor entre um homem e uma
mulher, como esse texto que segue. É uma síntese da introdução feita pelo autor
de acôrdo com seu entendimento, por sinal muito sábio, à respeito do Livro
Cântico dos Cânticos da Bíblia Sagrada da Editôra Vozes.
Cântico dos Cânticos:
...Passeamos
pelos campos, jardins e pomares, ao aprazível ar, primaveril, apreciando
árvores e plantas exóticas, inalando o aroma das flores, ouvindo o arrulho da
rola, surpreendendo pombas junto aos regatos, ou aninhados nas fendas da rocha;
vemos gazelas saltitando pelos montes ou pastando entre lírios, cabras
esparramando-se pelas encostas do monte Galaad.
Do
ponto de vista moral, seria a exaltação da
santidade do amor casto, da fidelidade conjugal e da monogamia.
...As
reiteradas descrições da mútua complacência dos noivos manifestam, na
perspectiva da Nova Aliança, o retorno da vida natural e feliz do povo de Deus.
O
Cântico preconiza uma era de paz entre indivíduos e entre povos, entre Israel e
os pagãos, entre homens e animais. Nesse
ambiente de paz tem especial significado o jardim, rico em fontes, árvores
frutíferas e ornamentais e plantas aromáticas, suntuosa como um parque real
persa, reservado ao príncipe e sua nobre comitiva. Ao abrir-se o jardim para o
noivo, este se sente como um príncipe magnífico como Salomão. Esse Jardim, que
lembra o Paraíso da felicidade original (Gn 2,8-25), é o ambiente próprio para
os noivos, singelamente descritos em sua nudez natural, manifestarem a suave
harmonia entre homem e mulher, na irresistível atração mútua, profundamente
arraigada na lei da recíproca complementação pessoal. Assumindo-se um ao outro,
para serem “dois em uma só carne” (Gen 2,24), a delicadeza e ternura da mulher,
não é fraqueza, nem a robustez e valentia do homem é prepotência: se o homem é
segurança da mulher, a mulher é a humanização do homem; juntos e unidos
expressam a plenitude da natureza humana. A missão de ambos é, em sua
diferenciação, plenamente humana e de igual dignidade.
No
Cântico, a mulher não é a escrava nem o objeto de prazer do homem... Na versão
do Gênesis (2,23), é sua companheira, a quem consagra toda a dedicação... Por
ela “o homem abandona pai e mãe para unir-se à sua mulher” (Gn 2,24). O amor
conjugal é, na terra, o mais forte, triunfando até mesmo sobre o amor filial.
No Cântico, o mistério homem-e-mulher é visto, não como privilégio do estado
paradisíaco, nem como exigência de uma carência existencial, mas, como lei perpétua, impressa na natureza humana,
por sabia disposição da bondade do Criador que, na aliança com o povo eleito,
revelou o modelo de todo o amor. O Cântico não pretende celebrar o
exercício de sexualidade, mas o prazer
sensível que nasce do amor, pela experiência da mais profunda atração mútua e
da exclusiva, total e definitiva doação recíproca entre duas pessoas: homem e
mulher.
...A primeira expressão do amor é a admiração.
A pessoa enamorada vê no parceiro algo absolutamente único, que fundamenta sua
admiração, até mesmo nas mais rasteiras banalidades, desde que ostentem a marca
da pessoa amada: “Como são belos os teus passos nas sandálias” Para quem vive
alheio a tais encantamentos, essas palavras, por falta de ressonância pessoal,
não traduzem a essência do relacionamento amoroso. O autêntico conhecimento do
outro se baseia no amor, mesmo que a admiração, por ele suscitada, tenha raízes
mais afetivas que reais. A admiração, longe de ser um sentimento estéril, é a principal
defesa do amor contra o determinismo biológico. Não a amor autêntico sem a
genuína admiração. O amor humano tem
suas raízes no dinamismo do crescimento e no desejo afetivo por complementação e aperfeiçoamento, resultante da
doação de si mesmo à pessoa amada, pela necessidade de união com ela. O
misterioso descobrimento do outro torna possível, no dar-se sem perder-se, a plenitude da união, como experiência de
amor que, crescendo na ânsia e no gozo satisfeito, gera a suprema felicidade. A autodoação, que realiza na união sua
plenitude, é a segunda expressão do amor. O amor humano é reconhecido como
expressão humana do Amor Divino. Se pela razão se pode vislumbrar, na plenitude
do amor humano, um dinamismo para o transcendente, é pela revelação que se chega a conhecer que o amor de autodoação é uma
irradiação da bondade divina, que transfigura o mundo e desperta a consciência
do amor como dom divino, para tornar o homem, mais e mais, imagem e semelhança
de Deus, pois “Deus é Amor”.
Viva! o Amor!
Amor Verdadeiro a
Todos